domingo, 27 de dezembro de 2009

Em época natalícia é indiscutível a incomensurabilidade das referências a Jesus Cristo, ao seu nascimento, à sua vida e até à sua morte, e ao que tais eventos significaram na vida de todos aqueles que professam a fé católica. Todavia, este ano, uma revista que leio com acuidade semanal inovou de uma forma que se me afigura um tanto quanto errática.


Na capa da Visão desta semana, a questão surgiu, estrategicamente ou não, caberia ao leitor interpretar, do lado direito da imagem de Jesus – «Jesus é de esquerda ou de direita?».

Devo admitir que tal título me causou um misto de emoções contraditórias. Ainda assim, como rotina semanal criteriosamente cumprida, lá comprei a dita revista e logo que me foi possível li o artigo. Confesso que o que mais me chocou não foram os argumentos que fundamentam a tese da esquerda ou da direita. O que, de facto, me deixou melindrada foi perceber que o ridículo da discussão navega à deriva do início até ao final do artigo, evocando incessantemente o nome e a figura de Cristo em vão, através de exemplos que descontextualizados, tal como se encontram, servem ambas as posições.

O mais grave no meio desta fantochada toda??? Simples – não se compreende a relevância prática, teórica, ou sequer académica, da referida discussão. Se alguma alma iluminada tiver conseguido encontrar uma razão válida para tamanho disparate, peço encarecidamente, que, ainda imbuída do espírito natalício, me explique, por favor.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

“Função Pública pára a 24 e a 31” – Isto parece-me mesmo muito bem, mas agora não nos lixem com a história dos “serviços e organismos “que, por razões de interesse público, se devem manter em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente”…

Vamos ver qual será o teor do despacho com que hão-de brindar-nos!!!
01h00: Preparo-me para fazer a última revista de imprensa do dia, antes de dormir, quando me deparo com uma notícia assombrosa. Depois desta, desta e desta, juro que não estava preparada para ler uma coisa daquelas.

Como é que é possível???


Gostava mesmo de perceber porque é que esta gente tem filhos???

domingo, 20 de dezembro de 2009

Este apelo foi descaradamente furtado daqui.
Ajudem o Joãozinho!!!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Depois de ler o Expresso de hoje apenas dois comentários se me afiguram pertinentes:


1.º: O PSD vai, mesmo, de mal a pior. Por um lado, o Santana Lopes sofre, decididamente, daquilo a que o meu Avô chamava “ter a palha mal mexida”. Já está em biquinhos de pés na esperança, embora vã, de que alguém dê pela sua presença e seja suficientemente louco para lhe entregar a presidência do PSD numa bandeja de prata. Por outro, surgem-nos duas figuras peculiares dignas de se tornarem objectos de estudo nalgum projecto conjunto de investigação sociológica e antropológica – Passos Coelho e Alberto João Jardim. O primeiro assume uma postura arrogante e irritante, levantando o véu que deixa antever o pequeno déspota em potência que tenta esconder (Manuela Ferreira Leite sugeriu a suspensão da democracia por seis meses, com este senhor seria para a vida toda). O segundo, como fanfarrão empertigado e crente nas suas virtudes supremas que é, paira sobre as próximas directas do PSD qual assombração em noite de trovoada. Por fim, deparamo-nos com o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e com o seu espírito de missão sebastianista (alguém devia dizer-lhe que o sebastianismo já passou de moda há muitos anos, e que as manhãs de nevoeiro não têm piadinha nenhuma porque só tendem a atrapalhar o trânsito e a provocar acidentes de viação).

2.º: As crónicas do Miguel Sousa Tavares estão cada vez mais cáusticas e certeiras. Note-se que eu nem sou fã do senhor, mas que ele tem estado muito bem, lá isso tem!
Na semana que passou são de saudar as iniciativas promovidas pela ERC e pelo ACIDI. Porque se hoje somos, maioritariamente, um país de acolhimento, um dia já fomos, essencialmente, um país de origem.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aos 26 anos percebemos que estamos a ficar velhos quando constatamos que já há algum tempo deixámos de misturar fruta com o vinho.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Os inícios são sempre, e somente, isso – inícios. O que vem a seguir é um mistério por decifrar…
Assim começa a “Metafísica da Loucura”, da minha loucura, dos meus desvarios, das insanidades que, em virtude das responsabilidades assumidas, não me são permitidas exteriorizar noutros lugares.